Francisco Massa Flor

Seguros para Animais de Estimação: O que São e Como Funcionam?

08.08.2022
Seguros

Celebra-se hoje o Dia Internacional do gato. Sabia que o seu amigo pode ter seguro?​​​​​​​

O Dia Internacional do Gato, a 8 de agosto, foi instituído em 2002 pela International Fund for Animal Welfare. Há outros dias dedicados aos felis catus, nomeadamente 17 de fevereiro (Dia Mundial do Gato desde 1990) e ainda o Dia de Abraçar o seu gato em junho. É um dia importante para falar sobre Seguros para Animais de Estimação.

Em julho de 2020, a Marktest divulgou que 3,2 milhões de portugueses tinham pelo menos um cão em casa e 2,7 milhões disseram o mesmo sobre gatos, o que revela um aumento do número de animais de estimação em Portugal. Em qualquer dos casos significa que mais de 30% da população tem um destes tipos de animais de estimação.

Mas, alimentar e tratar de um animal de estimação pode sair caro. Por isso, antes de adotar ou comprar algum animal lembre-se que poderá estar consigo mais de duas décadas, se tudo correr bem. Lembre-se também que acidentes podem acontecer.

Para o efeito existem seguros para animais de estimação. No caso do seguro de responsabilidade civil este é mesmo obrigatório para animais perigosos (que já atacaram alguma pessoa) ou de raças potencialmente perigosas, ou seja, cães de raças que, pelas suas caraterísticas, podem representar perigo para pessoas. Este seguro tem um capital mínimo de 50 mil euros.

Quais são as coberturas disponíveis?

O seguro para animais domésticos garante a indemnização por danos causados a terceiros pelo animal. Esta é a principal cobertura.

Mas há outras. O seguro pode cobrir:

  • despesas médicas veterinárias;
  • cirurgias;
  • eutanásia;
  • funeral;
  • despesas relacionadas com o desaparecimento ou a guarda do animal.

A maior parte dos seguros disponíveis inclui ainda coberturas de assistência e o acesso a redes de prestadores de serviços especializados para animais com descontos, como explica a DECO.

Como escolher o melhor seguro para o seu cão ou gato?

Deve analisar várias propostas e comparar as apólices. Verifique:

  • coberturas;
  • Limites de capital;
  • Franquias;
  • períodos de carência;
  • exclusões;
  • âmbito territorial.
  • Prémio anual

Como subscrever o seguro?

O seguro pode ser subscrito diretamente na seguradora, através de um agente ou online;

Para o efeito, serão necessários, além dos seus dados (tomador), os dados do seu animal:

  • nome;
  • data de nascimento;
  • espécie;
  • raça;
  • género;
  • cor;
  • número do microchip.

As seguradoras podem ainda pedir para preencher um questionário de avaliação do historial clínico do animal.

O valor do prémio vai depender de fatores como a espécie, a raça, o peso, o animal e a idade do animal.  

Em geral, o seguro para um cão tem um prémio superior ao de um gato.

Os seguros poderão ainda ter prémios diferentes consoante o sexo do animal e a esterilização estar ou não feita.

Recorde alguns conceitos:

Franquias: parte da indemnização que fica a cargo do segurado e têm como objetivo evitar o recurso ao seguro para pagamento de despesas de pequeno montante;

Períodos de carência: correspondem ao período após a subscrição no qual o seguro não poderá ser utilizado. O objetivo é evitar a contratação do seguro para pagamento de despesas que já eram do conhecimento do segurado.

Quais os hospitais, clínicas e veterinários que aceitam seguros?

Os seguros têm, em regra, associada uma rede médica veterinária a que o segurado poderá recorrer, pagando o valor convencionado. Não existindo prestadores incluídos na rede na proximidade da sua residência poderá apresentar o comprovativo de pagamento à seguradora para que seja reembolsado ou, naturalmente, procurar um veterinário aderente.

Outros seguros não têm rede veterinária associada e reembolsam uma percentagem das despesas suportadas com os cuidados de saúde do animal.

Em suma, se vive fora dos grandes centros urbanos poderá nem fazer sentido contratar um seguro destes. Excetuando o seguro de responsabilidade civil já referido para animais perigosos ou raças potencialmente perigosas.

Quais são as raças potencialmente perigosas?

O diploma legal refere que as raças potencialmente perigosas são:

  • Cão de Fila Brasileiro;
  • Dogue Argentino;
  • Pit Bull Terrier;
  • Rottweiler;
  • Staffordshire Terrier Americano;
  • Staffordshire Bull Terrier;
  • Tosa Inu.

De acordo com o disposto no Decreto-Lei 315/2009, de 29 de Outubro, e no anexo da Portaria 422/2004, de 24 de Abril, também os cruzamentos de primeira geração e destas raças entre si ou destas com outras raças.

Em caso de dúvida pode sempre pedir ajuda aos franchisados da MaxFinance cujo objetivo ser parceiro da sua família.

E, entretanto, Feliz Dia do Gato!

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